Case – Modelagem de cenários futuros para o uso da terra na Amazônia

O desafio

Uma grande empresa gestora de ativos florestais estava disposta a fazer um grande investimento na forma de um projeto REDD+ em uma gleba de floresta preservada situada no bioma Amazônia. Contudo, gostariam de saber antecipadamente o potencial de geração de créditos de carbono na área, além de levantar eventuais questionamentos técnicos e práticos que poderiam eventualmente surgir durante a execução do projeto.

A solução

A solução proposta foi executar  a modelagem do desmatamento na região utilizando para isso o Dinâmica EGO, plataforma para modelagem ambiental com grande capacidade, incluindo desde um modelo espacial estático simples até modelos dinâmicos muito complexos, que podem envolver iterações aninhadas, multitransições, feedbacks dinâmicos, abordagem multirregional e algoritmos espaciais complexos para análise e simulação de fenômenos espaço-temporais.

A preparação para a modelagem envolveu a coleta de dados georeferenciados disponíveis nas diversas bases oficiais em formato vetorial, sua correção, recorte e reprojeção. Da mesma forma foram obtidas imagens orbitais com passagens anuais no período de seca, para elaboração do mapa de uso do solo e avaliação de suas alterações. Esse banco de dados georreferenciado alimentou o Dinamica EGO, permitindo o estabelecimento de diversos cenários futuros para a região em estudo.

Os produtos

Após a calibração do modelo com dados da dinâmica do uso do solo dos últimos 10 anos, foi possível a elaboração de 3 cenários para os próximos 30 anos considerando se 3 níveis diferentes de atuação do poder público na região: baixa governança, manutenção dos níveis de governança atuais e elevação dos níveis atuais de governança.

Vídeo apresentando a evolução do uso da terra entre 2020 e 2050

Para cada um desses cenários foi possível contabilizar o avanço do desmatamento sobre a área em análise, ano após ano, resultando no estabelecimento de uma linha de base para cenário, o que possibilitou avaliar os efeitos do projeto de conservação a ser proposto e consequentemente a sua viabilidade nesse aspecto.